DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

domingo, 4 de novembro de 2012

Nós não vivemos sós

Texto de Paulo Baldaia hoje publicado no "Diário de Noticias"

"Estamos obrigados a repensar o papel do Estado. Não temos dinheiro para manter as coisas como até aqui, mas não podemos confiar na "inteligência" dos que têm certezas sobre tudo. Tanto faz que eles se afirmem de Direita como de Esquerda. O Estado social não é uma invenção dos políticos, é a emanação da natureza humana. Nós somos solidários, mesmo quando nos tentam convencer da justeza dos nossos egoísmos.
A história recente do nosso país mostra-nos que a diferença dos políticos não está em ser de Direita ou de Esquerda, mas antes de estar no poder ou na oposição. Há um arco do poder (PSD, PS e CDS) que é mais pragmático na governação e mais ideológico na oposição e, por causa disto, tivemos de incluir no nosso léxico a palavra demagogia. E não seria diferente com o Bloco ou o PC.
Em situações difíceis, como aquela que agora vivemos, existe sempre a tentação de dividir para reinar. E se há crítica que se pode fazer a este governo, é a de cair facilmente nesta tentação. Fez o seu primeiro Orçamento lançando o sector privado contra o público e ensaia agora fazer o mesmo lançando os contribuintes contra os beneficiários. Nós somos todos privados e públicos, contribuintes e beneficiários. Se pedimos coerência aos políticos, devemos exigir o mesmo a nós próprios.
A mais forte das razões para não aceitarmos viver numa sociedade em que o Estado deixa mais de 300 mil pessoas sem qualquer fonte de rendimento é a de que isso nos pode calhar em "sorte" um dia destes, mas a mais importante é a de que a natureza humana não vive em paz com tamanha injustiça.
A razão mais egoísta para que não aceitemos que as funções sociais do Estado sejam substituídas pelos cantos de sereia que apregoam a meritocracia é que nós sabemos como podem ser cegos os que avaliam os nossos méritos. E a mais altruísta é que nós sabemos como podemos cegar quando temos de avaliar os méritos alheios.
No mundo em que vivemos não pode impor-se sempre o pragmatismo. Não podemos viver na dicotomia das esquerdas e das direitas, nem inventar lutas de classes. A finança, as corporações e todos os outros interesses organizados estarão sempre em vantagem. Não podemos aceitar que tudo se resuma a um conjunto de interesses a puxar cada um a sua corda. A única forma de impedir o agravamento das injustiças é perceber que não podemos admitir para os outros o que, por certo, não desejamos para nós.
Por mais que nos sintamos seguros com as nossas coisinhas, a angústia dos que ficam para trás acabará sempre por transbordar para a margem onde nos encontramos. Como nos podemos sentir felizes se à nossa frente correr um rio de infelicidade? Nós não vivemos sós."

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