DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A versão do FMI do pesadelo nacional

Texto de Bruno Proença hoje publicado no "Diário Económico"

"A leitura do último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre Portugal provoca as mesmas sensações de um pesadelo.
 
Não há um único aspecto positivo. O "artigo IV" revela um país em crise e sem luz ao fundo do túnel. As dificuldades que os portugueses estão a sentir vão continuar nos próximos anos. A austeridade veio para ficar.

Na parte do Estado, a consolidação orçamental é "imperativa". Ou seja, é necessário reduzir o défice e a dívida pública. Isto significa que não há espaço para aliviar a carga fiscal. Quanto muito, o FMI admite correcções em alguns impostos e incentivos para as empresas exportadoras. Do lado dos gastos, a palavra de ordem é a "racionalização" do emprego e dos salários na função pública e mais "reformas" nas pensões e outras transferências sociais. Traduzindo, menos funcionários públicos, a ganharem menos e mais cortes nas prestações sociais.

Para o sector privado, o FMI também não é mais simpático. A preocupação passa por diminuir o nível de endividamento junto da banca. Para o Fundo, a prioridade deve ser a desalavancagem de empresas e famílias. Portanto, não se fala em mais financiamento para as empresas que permita relançar o investimento produtivo.

O crescimento económico fica todo às costas do sector exportador que tem de enfrentar uma economia europeia em recessão. Perante isto, percebe-se que Portugal vai continuar mergulhado numa crise profunda com o desemprego elevado. O FMI tem consciência das implicações da sua análise, por isso reconhece que tanta austeridade vai testar o consenso político e social. A crise económica é também social. Para o Fundo, não é certo que as medidas que estão em cima da mesa sejam aplicadas sem rupturas no País. Por isso, os recados enviados para as instituições europeias. É sabido que o FMI tem uma visão diferente da Comissão Europeia e do BCE sobre a resolução da crise. No relatório sobre Portugal, pede que os políticos europeus sejam capazes de resolver as "fissuras" da zona euro. E, mais importante para nós, que suportem a economia nacional caso falhe o regresso aos mercados por motivos alheios ao País.

Com esta observação, o FMI está implicitamente a admitir que Portugal não voltará aos mercados em Setembro de 2013, como está previsto. A consequência será negociar novo plano com a ‘troika', que agravará a austeridade. A economia anémica e o desemprego alto vão manter-se. O FMI tira a conclusão: os jovens com mais educação vão emigrar e provavelmente não voltam. É o ponto mais negro da análise do Fundo. Com esta crise, o país vai perder a primeira geração minimamente preparada. Como é que Portugal tem um futuro luminoso sem os melhores?"

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