"A extinção em massa de freguesias rurais ditada a regra e esquadro pelos funcionários da troika, que desconhecem o essencial da história e da identidade de Portugal, e executada em Lisboa por burocratas ainda mais ignorantes sobre a dimensão do País a que pertencem é um desastre sem justificação.
Se era para poupar algum dinheiro, havia outras
formas de o fazer com mais resultados, como , por exemplo, fundir
municípios e extinguir as sanguessugas das empresas municipais sem
justificação, feitas de encomenda para dar jobs aos boys das estruturas
políticas locais.
Nas grandes cidades, a
reorganização é um acto de boa gestão, mas no mundo rural, mesmo com
poucos eleitores, o fim das freguesias é quase um crime de lesa-história
. Há freguesias que já existiam como comunidades organizadas antes de
haver Portugal. É um património das populações que é retirado.
Nas
aldeias do Interior, o Estado tirou o médico, os professores, a GNR e
agora desaparece a última ligação. E nem Deus os ajuda, porque na maior
parte dos casos a crise das vocações também lhes retirou o padre. Este
país está cada vez mais velho e mais pequeno."
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