DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Travesti de Carmona?

Texto de José Reis Santos, Historiador, hoje publicado no "Diário Económico"

"Mesmo os mais desatentos ao desenrolar dos factos políticos nacionais já terão entendido que o discurso da necessidade de impor a ferro-e-fogo mais medidas de austeridade (que tem apenas colocado o país em níveis de pobreza inimagináveis, nada resolvendo o problema do ‘deficit’) serve afinal apenas como cortina de fumo para as verdadeiras intenções de alguns senhores deste XIX governo e respectivos mentores ideológicos (importados).
E estas, totalmente escondidas do escrutínio eleitoral, passam por desmantelar o Estado (social) como o conhecemos e alterar a Constituição da República de forma a consagrar os princípios liberais que dizem (agora) defender. Pretende assim Passos Coelho tornar Portugal num país ´Low Cost', na feliz expressão de António José Seguro, reservado para uso e abuso de abastados apátridas e recepção de camionetas repletas de turistas fatiminianos.
Ora em teoria nada tenho contra um debate sério, transparente e democrático sobre a actualidade (moral e ideológica) da Constituição portuguesa ou acerca do papel e funções que um Estado contemporâneo deve hoje assumir (assim como é imperativo debater seriamente a reforma administrativa do território nacional com base em argumentos que conciliem as demandas do século XXI com as memórias dos forais do século XI). Aliás, penso mesmo que tais debates são decisivos para abandonarmos a política de navegação à bolina que temos seguido nos últimos anos e aventurarmo-nos por mares mais espaçosos, imaginando um Portugal para os próximos séculos.
Dito isto, este debate deve visar a construção de uma proposta socialmente consensual que represente não só as vontades partidárias mas também as propostas que hoje emanam da cada vez mais organizada, informada e influente sociedade civil. Debate que deve ser potenciado através do diálogo institucional entre os diversos actores políticos, parceiros sociais e a citada sociedade civil (que hoje tem lugar de pleno direito em qualquer mesa negocial). Não seguir estes preceitos, procurar alterar as pedras basilares do nosso ADN político através da chantagem ou do usufruto totalitário de uma parca maioria parlamentar é não só distorcer todos os princípios democráticos em que assenta a República Portuguesa como desrespeitar a memória desta e de todas as gerações de portugueses e portuguesas que contribuíram para a construção deste nosso pedaço à beira-mar plantado.
Mas como já se entendeu que a este governo pouco interessa o consenso ou o interesse nacional, encontramo-nos na antecâmara de um golpe de Estado Constitucional que alterará significativamente o desenho político-institucional de Portugal como talvez somente o Estado Novo o tenha feito. E se na rua já se reúnem vários reviralhos, resta saber se Cavaco pretende transvestir-se de Carmona, validando um Salazarinho de 4ª categoria, ou se se recorda de que é ele afinal o mais alto magistrado da Nação e dá termo ao aventureirismo irresponsável de Passos Coelho. Até porque alternativas, bem válidas, existem."

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