DERRUBAR O GOVERNO É OBRIGAÇÃO PATRIÓTICA

O inutil Cavaco Silva deu carta branca ao atrasado mental Passos Coelho para continuar a destruir Portugal e reduzir os portugueses a escravos da ganância dos donos do dinheiro.
Um governo cuja missão é roubar recursos e dinheiro às pessoas, às empresas, ao país em geral, para os entregar de mão beijada aos bancos e aos especuladores é um governo que não defende o interesse nacional e, por isso, tem de ser corrido o mais depressa possivel.
Se de Cavaco nada podemos esperar, resta a luta directa para o conseguirmos.
Na rua, nas empresas, nas redes sociais, há que fomentar a revolta, a rebelião, a desobediência, mostrar bem que o povo está contra Passos Coelho, Portas e os outros imbecis que o acompanham e tudo fazer para ajudar à sua queda.
REVOLTEM-SE!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O ano de Pedro e o lobo

Texto de Alfredo Leite, hoje publicado no "Jornal de Noticias".

"O ano de 2012 chega hoje ao fim. Parafraseando Pedro, a quem nunca dei um mísero 'like' no facebook, este não foi o ano que merecíamos. Foi, isso sim, o ano em que herdamos uma política engendrada por Gaspar, o ministro de Pedro que cultiva um humor de gosto duvidoso e uma cadência de voz a dois tempos, usada como disfarce de cordeiro, que não é, e cujas opções depauperaram a vida dos portugueses e a qualidade dos serviços públicos como não há memória.

Tal como na versão de Prokofiev, também as personagens deste Pedro e o lobo têm tocado instrumentos variados para nos contarem a sua história. A diferença é que, ao contrário da escrita do compositor ucraniano, os solistas desta orquestra andaram um ano desafinados. O naipe de músicos fica também famoso por ter passado doze meses a titubear ao ritmo errante da batuta de Gaspar que teimou até à última em não escutar a melodia que ecoava nas ruas.

Resultado: a polémica e infame TSU foi abandonada na sequência das manifestações de 15 de setembro, provavelmente o acontecimento mais relevante de 2012. Mais tarde, a trapalhona privatização da TAP foi adiada e, não obstante a justificação oficial da falta de garantias bancárias, a verdade é que a pressão da opinião pública a tal obrigou o Governo.

E estes são apenas dois exemplos do que, num ano de avanços e recuos, foi marcando a política de Pedro. Mas há muitos outros para juntar ao temor de que o perímetro do pântano do BPN - banco tóxico do regime cujo buraco de milhões nos vai certamente continuar a asfixiar - possa ser de dimensões ainda maiores.

A observação dos tristes acontecimentos do ano político que agora finda permite-nos concluir que iremos de mal a pior em 2013. A contração do PIB português (em oposição ao previsível pequeno aumento na Zona Euro) para o ano que estamos prestes a celebrar vai agravar ainda mais a nossa condição de vida. O desemprego vai inevitavelmente aumentar, assim como o número de falências. Por arrastamento, seremos obrigados a cumprir o desejo de Pedro e emigrar. A pequena criminalidade vai reforçar a sensação de insegurança que ajuda a tolher a vivência social do país.

O empobrecimento acentuado da nossa sociedade vai conduzir-nos quase inevitavelmente ao abismo de novos planos de austeridade.

Além de mais pobres, viveremos também mais de perto o desespero que está a tomar conta de muitas vidas, como provam os números alarmantes que publicamos na edição de ontem.

E é com este cenário que entramos num novo ano. Para 2013 fica ainda a pergunta do milhão de dólares: vai Passos Coelho aguentar-se no Poder? Provavelmente sim. Pelo menos enquanto durar a paz podre do casamento de conveniência que é a coligação governamental e Cavaco atuar por omissão. Mesmo que, como se adivinha, o descalabro eleitoral das autárquicas do final do ano atire o PSD para um buraco negro. Um reduto do qual um PS liderado por Seguro dificilmente se aproveitará em termos nacionais."

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